O Pinóquio

Submissão e Solicitação de Autorização
A peça “O Pinóquio”, adaptada por Wilson Ribaldo do conto clássico de Carlo Collodi, foi solicitada para análise e autorização pelo Serviço de Censura. O pedido de aprovação foi formalizado em 27 de março de 1968, com o objetivo de estrear em abril do mesmo ano. A peça foi solicitada para ser encenada no Teatro de Hoje, em São Paulo. O autor Wilson Ribaldo buscou a censura para a exibição pública de uma adaptação para crianças da clássica história de Pinóquio.

Classificação e Avaliação Inicial
Após análise, a peça recebeu a classificação livre, sem qualquer tipo de restrição para o público infanto-juvenil. O conteúdo da peça foi considerado apropriado para todas as idades, e a classificação indicativa não foi alterada ao longo do processo de revisão.

Censura e Documentação
A peça foi registrada nos arquivos da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), com a devida autorização para ser representada publicamente, conforme o regulamento da SBAT e os direitos autorais estipulados. Todos os direitos autorais da obra foram devidamente pagos, com uma garantia mínima estipulada por espetáculo, de acordo com as exigências do SBAT.

Motivos e Temática
A adaptação da peça de Collodi é voltada para um público infantil, mantendo-se fiel ao enredo original, porém com um tratamento acessível ao universo teatral brasileiro. O conteúdo da peça gira em torno das aventuras de Pinóquio, um boneco de madeira que ganha vida, e sua busca por se tornar um menino de verdade. A obra inclui personagens como Gepeto, o pai de Pinóquio, e o Grilo Falante, que serve como a consciência de Pinóquio, além de uma série de elementos fantásticos, como o circo de Stromboli, representações de animais e a transformação de Pinóquio em burro.

Parecer dos Censores
O parecer inicial dos censores não indicou a necessidade de cortes ou modificações na peça. A análise do Serviço de Censura concluiu que a peça, apesar de ser uma adaptação de um conto clássico, continha elementos educacionais e positivos, que poderiam incentivar valores como obediência, aprendizado e transformação pessoal, adequando-se ao público jovem e familiar.

Conclusão
A peça “O Pinóquio” foi aprovada para exibição pública com a classificação livre, permitindo que crianças e famílias assistissem à obra sem qualquer tipo de restrição. O espetáculo não foi considerado subversivo nem ofereceu qualquer tipo de conteúdo impróprio. A peça, baseada em um dos maiores clássicos da literatura infantil, foi liberada sem alterações, respeitando a adaptabilidade do conteúdo para o público brasileiro e a adaptação do texto para o formato teatral.

Este relatório mostra como a peça “O Pinóquio”, ao ser adaptada e apresentada ao público brasileiro, se adequou às normas de censura da época, oferecendo uma mensagem educativa e acessível para crianças e adultos, sem contravenções ou temas subversivos.

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